Hoje iniciamos um novo mês, e espero que ele venha recheado de novas aventuras literárias!
Resolvi escrever hoje sobre um gênero literário diferente, o conto. E decidi começar com o autor francês, Guy de Maupassant.
Guy de Maupassant |
Para quem ainda não desenvolveu o hábito de leitura, ler contos é uma boa sugestão. Eles são textos mais curtos do que a novela ou o romance, tem poucos personagens e gira em torno de um evento principal, não há tramas secundárias. O conto é para ler de uma só vez, em uma tarde chuvosa de domingo, por exemplo. São vários os escritores que se destacaram neste gênero literário, como os brasileiros Machado de Assis e Clarice Lispector, a neozelandesa Katherine Mansfield, a inglesa Virginia Woolf, o argentino Julio Cortázar, o norte-americano Edgar Allan Poe e o francês Guy de Maupassant.
Guy de Maupassant nasceu em 5 de agosto de 1850 e morreu em 6 de julho de 1893, com apenas 42 anos. No ano anterior, Maupassant havia tentado cometer suicídio e fora internado em um manicômio, onde morreu em 1893.
Suas obras são consideradas realistas, porém Maupassant também se aventurou pelas narrativas fantásticas, onde produziu muitos contos maravilhosos, como o famoso O Horla (1887), Aparição (1883) e A Morta (1887).
O conto Aparição é, na minha opinião, um verdadeiro conto fantástico, assim como definido por Tzvetan Todorov em Introdução à Literatura Fantástica (1970). Para Todorov, em um texto fantástico acontece um evento sobrenatural, sobre o qual há duas opções de reflexão: ou este evento pode ser explicado racionalmente, ou ele é aceito como um evento sobrenatural, sem explicação. Para que o conto seja considerado puramente fantástico, esta hesitação deve permanecer até o final da história. E é isto mesmo que acontece em Aparição. Eu já li este conto há uns dois anos, e até hoje não sei dizer se o personagem presencia mesmo um evento sobrenatural, ou ele foi fruto de uma ilusão de sua mente. É esta a magia dos contos fantásticos! É de arrepiar!
Em Aparição, o personagem principal encontra-se com um amigo que não via há anos. Ele lhe diz que havia se apaixonado por uma mulher loucamente e se casara com ela. No entanto, pouco tempo depois, ela morrera subitamente, deixando-o devastado. Abatido demais com a morte da mulher, seu amigo não tem coragem de voltar à casa em que viviam para buscar uns papéis de que precisava, e que estavam guardados na escrivaninha do quarto. Ele pede, então, ao protagonista para que faça este favor a ele, e traga os papéis. Ele aceita e se dirige à casa do casal.
O que acontece por lá, eu vou deixar para vocês descobrirem por conta própria. Mas eu já adianto: aos mais medrosos, leiam durante o dia e com a luz acesa!
Um ótimo domingo a todos!
Fernanda
Te confesso que nao costumo ler contos e fiquei curiosa, mas morro de medo, então acho que nao vou ler este nao...rs
ResponderExcluirBjs