segunda-feira, 16 de maio de 2016

"Pollyanna", Eleanor H. Porter

Bom dia, queridos leitores!


Estou devendo muitas resenhas para o blog, mas espero conseguir colocar tudo em dia aos poucos!


O post que trago hoje para vocês é resultado do desafio literário de maio, que consistiu em ler um livro escrito por uma mulher. Como expliquei no post dedicado ao desafio (quem quiser relê-lo pode acessá-lo aqui), achei esta uma ótima oportunidade para reler um livro que me encantou em minha infância. Na verdade, se não me engano, este foi o primeiro livro mais "longo" que li quando criança. Minha transição de livros infantis para livros infanto-juvenis.

O livro a que me refiro é o inigualável Pollyanna, clássico da literatura infanto-juvenil, de Eleanor H. Porter. Devo dizer que minha releitura do romance não afetou a marca que a primeira leitura havia deixado em mim mais de dez anos atrás. Pelo contrário, ainda intensificou esta impressão! Antes de mim, minha mãe já havia lido o romance quando era criança e havia se encantado. Foi ela quem me sugeriu a leitura deste clássico naquela época. E hoje, ela, também, releu o livro, e ambas estamos novamente apaixonadas pela doce Pollyanna.



Viajar pelos escritos de Eleanor H. Porter foi como viajar no tempo e me reencontrar com a minha infância. Pollyanna nos conta a história da meiga garota que dá nome ao livro, que, após a morte dos pais, vai morar com a sua tia Polly em uma enorme casa no campo. Tia Polly é uma mulher solteira e austera, que nunca se imaginou cuidando de uma criança. Porém, Pollyanna tem amigos na casa, como o jardineiro e a empregada Nancy, e logo faz amizade por todo o bairro.




Pollyanna é uma otimista incurável, e mesmo nos momentos mais difíceis, ela consegue reverter a situação, jogando o "jogo do contente", que havia aprendido com seu pai. O jogo consiste em sempre procurar o lado positivo de uma situação, mesmo que ela pareça não ter nenhum lado bom! Pollyanna vai disseminando sua alegria e seu jogo do contente por toda a vila, até Tia Polly se deixa contaminar. Porém, algo muito triste acontece a Pollyanna, e é hora de todos aqueles que a garota havia ajudado antes se mobilizarem para encorajar a pobre menina a jogar, ela mesma, o jogo do contente.


Eleanor H. Porter
Pollyanna foi publicado pela primeira vez em 1913, um ano antes de eclodir a Primeira Guerra Mundial, período em que crianças e adultos poderiam se apoiar em Pollyanna e seu jogo do contente para enfrentar as atrocidades da guerra. Eleanor H. Porter nasceu em 19 de dezembro de 1896 nos Estados Unidos, e morreu em 21 de maio de 1920, aos 51 anos. Eleanor foi cantora antes de se tornar escritora. Eleanor publicou diversos livros e contos, em especial romances infanto-juvenis. Sua principal e mais conhecida obra é Pollyanna (1913), mas também publicou outros livros de relativo sucesso, como Miss Billy (1911), A Decisão de Miss Billy (1912), Miss Billy Casada (1914) e a continuação de Pollyanna, Pollyanna Moça (1915). Eu comprei Pollyanna Moça em uma promoção recentemente e logo, logo pretendo ler o livro!

Pollyanna já foi adaptado para o cinema diversas vezes, entre as principais adaptações estão o filme mudo de 1920 com Mary Pickford como protagonista, a versão da Disney de 1960 com Hayley Mills como Pollyanna, e uma versão mais recente, de 2003, um filme para televisão com a atriz Georgina Terry no papel principal. Ainda não assisti nenhum desses filme, mas pretendo fazer uma maratona cinematográfica Pollyanna muito em breve!

Filme de 1920

Filme de 1960

Filme de 2003

Quem ainda não teve a oportunidade de ler este clássico da literatura infanto-juvenil, não perca mais tempo e deixe-se emocionar com a doce Pollyanna e seu jogo do contente. É uma leitura que te marcará para o resto da vida!

Uma ótima segunda-feira a todos, ótimas leituras e não esqueçam de praticar o jogo do contente!

Fernanda

segunda-feira, 2 de maio de 2016

"A Lenda do Cavaleiro sem Cabeça", Washington Irving

Bom dia, queridos leitores!

Aproveitei a manhã livre de hoje para atualizar as minhas leituras aqui no blog! Hoje trago para vocês uma história clássica da literatura norte-americana, um dos primeiros contos fantásticos escritos nos Estados Unidos e que permanece assomando nossa imaginação até os dias de hoje! Trata-se de A Lenda do Cavaleiro sem Cabeça, de Washington Irving.

A Lenda do Cavaleiro sem Cabeça é, na verdade, um conto. Porém, um conto longo e, por isso, considerado como novela por alguns estudiosos. Esta história foi publicada pela primeira vez em 1820 em uma coletânea de contos, juntamente com outros textos conhecidos de Irving, como Rip Van Winkle.

O enredo de A Lenda do Cavaleiro sem Cabeça nos leva para o fim do século XVIII em uma vila chamada Sleepy Hollow, colonizada por holandeses, próxima ao vale do rio Hudson, nos Estados Unidos. Ao entrarem na vila, os viajantes sentiam uma espécie de torpor e sonolência, como se adentrassem uma atmosfera de sonho.



É a este local que Ichabod Crane chega. Um magro e desengonçado professor, que ficou responsável pela administração da escola local.

Lá ele conhece a bela Katrina van Tessel, filha do riquíssimo Baltus can Tessel, dono de uma enorme e próspera fazenda. Ichabod logo se apaixona por Katrina (e por sua herança!), porém sua amada também é cobiçada por Brom Bones, um valentão.

Em uma festa na casa dos van Tessel, Ichabod descobre a história que apavora os habitantes de Sleepy Hollow. Ao redor do fogo, ele escuta a lenda do temível cavaleiro sem cabeça, o fantasma de um soldado que perdeu sua cabeça durante a Guerra de Independência Americana.


Ichabod Crane
Tremendo de medo, Ichabod tem que passar pela floresta escura, que, dizem, é assombrada pelo cavaleiro sem cabeça, para chegar até a sua casa. A noite é escura e cheia de ruídos que gelam a espinha de Ichabod. Será que ele chegará a salvo em sua casa ou terá um encontro do qual ele não se esquecerá tão facilmente?

Cabe a você, leitor, ler esse fascinante conto de Irving e tirar suas próprias conclusões!

Washington Irving foi um dos primeiros escritores norte-americanos. Lembrando que ele nasceu em 1783, período em que os Estados Unidos ainda eram um novo país, recém independente da Inglaterra. Irving nasceu uma semana antes do cessar-fogo, que encerrou a Guerra de Independência Americana. Seu nome, Washington, foi escolhido por sua mãe como homenagem ao grande herói da independência dos Estados Unidos, George Washington. Mais tarde, Irving viria a escrever uma biografia em cinco volumes de George Washington, o primeiro presidente dos Estados Unidos.


Washington Irving tornou-se inspiração para outros escritores americanos que vieram posteriormente, como Nathaniel Hawthorne, Herman Melville e Edgar Allan Poe. Além de A Lenda do Cavaleiro sem Cabeça, Irving também escreveu outros contos que merecem um espaço na sua lista de leituras.

Washington Irving
Em 1999, Tim Burton trouxe a lenda de Irving para as telas do cinema através de seu filme com Johnny Depp e Christina Ricci. Nesta adaptação, Ichabod (Johnny Depp) é um detetive racionalista de Nova York que é enviado a Sleepy Hollow para desvendar assassinatos misteriosos. A população da vila acredita que os assassinatos são obras do cavaleiro sem cabeça. Ichabod, cético, descarta essa possibilidade veementemente. A princípio.

Desde 2013, a Fox tem exibido uma série de televisão, chamada Sleepy Hollow, baseada no conto de Irving. A série está disponível na Netflix, mas eu ainda não tive tempo de conferi-la, mas ela já está na minha looonga fila! A série já conta com três temporadas e conta com vários seguidores.

Tanto o filme de Burton como a série televisiva da Fox só comprovam o fato de a história de Irving ser universal e atemporal. Mesmo hoje, quase duzentos anos depois, a lenda do cavaleiro sem cabeça continua a nos arrepiar os cabelos!

Filme de Tim Burton de 1999

Série da Fox de 2013

Uma ótima semana a todos e ótimas leituras!

Fernanda

domingo, 1 de maio de 2016

Calendário Literário - Maio

Bom dia, queridos leitores!

Mais um mês se inicia e é hora de enfrentar mais um desafio literário!
Para quem perdeu os posts anteriores, eu estou seguindo o Calendário Literário criado por Vitor Martins. A cada mês, há um novo desafio literário a ser cumprido. Eu estou gostando muito de participar desse projeto, porque, dessa maneira, acabo variando mais o meu rol de leituras. Como estudo literatura inglesa no mestrado, acabo lendo mais livros escritos por autores de língua inglesa e, com o Calendário Literário, estou expandindo as minhas leituras e saindo da minha zona de conforto, além de retomar aqueles livros que estão há tempo nas minhas prateleiras esperando para serem lidos!


Quem tiver interesse em conferir o Calendário Literário criado por Vitor Martins pode acessá-lo clicando aqui.



O primeiro desafio do ano, o do mês de janeiro, foi iniciar uma série ou trilogia de livros. Eu aproveitei o embalo para começar a leitura de uma série que estava há muito na minha estante. Além disso, estava acompanhando a série de televisão e, por isso, fiquei ainda mais animada a ler: A Guerra dos Tronos, de George Martin. Comecei o ano com uma ótima escolha literária!





Em fevereiro, o desafio foi ler um livro que havia sido adaptado para o cinema. Havia tantas opções! Mas, como um amigo meu me havia emprestado o livro Carol, que estava concorrendo a diversas categorias no Oscar, aproveitei a oportunidade para lê-lo. Agora ainda me falta assistir ao filme! Mas devo assisti-lo em breve!




Em março, o desafio foi ler um livro escrito por uma mulher. Belo desafio! Valorizo muito a escrita de mulheres e muitos dos meus escritores preferidos são mulheres: Jane Austen, Elizabeth Gaskell, J. K. Rowling, Mary Shelley... Para o desafio, escolhi ler, ou melhor reler, Pollyanna. Este foi o primeiro livro mais  longo que li quando era criança e lembro que esta leitura havia me marcou muito! Foi um grande prazer relembrar a minha infância através dessa inesquecível personagem.





Para o mês de abril, mês de comemoração do descobrimento do Brasil, o desafio foi ler um autor nacional. Eu adorei este desafio, pois, como disse anteriormente, leio muitos autores de língua inglesa e acabo não tendo muito contato com a literatura nacional. Para este desafio, escolhi ler O Cortiço, de Aluísio de Azevedo. Confesso que ainda não terminei a leitura, mas assim que terminá-la procuro um tempinho para escrever aqui as minhas reflexões sobre o livro.



E o desafio literário do mês de maio é... ler um livro infantil!

Eu sou apaixonada por literatura infanto-juvenil e escolhi para este desafio a leitura de uma história que me fascinava quando criança. Eu nunca li o livro, mas já assisti ao filme diversas vezes, e anos atrás minha irmã e eu brincávamos de Mary Lennox a procura de um local secreto. Já adivinharam qual é o livro a que me refiro? É The Secret Garden, de Frances Hodgson Burnett. Comprei este livro há um tempo e tenho certeza de que irei me encantar com a leitura do livro assim como me encantei com o filme. Aliás, foi O Jardim Secreto que me inspirou a escrever minhas primeiras histórias.



O desafio literário de maio será, certamente, inesquecível!
É claro que, além das leituras dos desafios literários, eu também leio outros livros. Por exemplo, no momento também estou lendo o volume 2 de "As Crônicas de Gelo e Fogo": A Fúria dos Reis, mas este é um tema para outro post!

E você, qual livro infantil vai ler durante o mês de maio?

Um ótimo mês a todos, ótimas leituras e nos encontramos no jardim secreto!

Fernanda