E o ano de 2015 está chegando ao fim...
Devo dizer que este ano foi muito especial para mim em termos literários: eu terminei o curso de Licenciatura em letras Português-Inglês na UTFPR, iniciei o curso de Mestrado em Literatura Inglesa na UFSC, escrevi o conto "Cartas" para a antologia de contos fantásticos "Etéreo" da Editora Andross, e, é claro, iniciei o blog "O Prazer da Literatura", que tem sido simplesmente maravilhoso! Eu adoro escrever aqui as minhas impressões sobre as minhas leituras e sobre a minha jornada acadêmica no universo literário. No ano que vem, pretendo continuar com o blog e trazer muitas novidades, como a seção "Os 10 +", na qual montarei listas dos dez livros mais significativos em determinado tema, área ou gênero. Vai ser divertido! E nada melhor do que começar essa seção hoje mesmo, com os dez livros mais marcantes para mim no ano 2015!
2015 foi um ótimo ano de leituras, procurei ler livros variados, alternando idiomas, gêneros, clássicos e best-sellers, assim exercitamos nosso cérebro e nossas habilidades de leitura e não ficamos presos a um só tipo de leitura. Quando abrimos o nosso leque de possibilidades literárias, percebemos o quanto um livro pode nos surpreender!
Então vamos lá! Vou colocar aqui os 10 livros que mais me marcaram no ano de 2015 e o porquê.
Em décimo lugar, escolhi Prelúdio de Sangue, da escritora inglesa Jean Plaidy.
Este é o primeiro volume da saga Plantageneta escrito por Plaidy e tem como protagonista a adorável e sedutora Eleanor da Aquitânia e suas aventuras amorosas na Inglaterra do século XII.
Para quem gosta de romances históricos e aventuras medievais, é um prato cheio!
Para quem perdeu, a resenha pode ser acessada clicando aqui.
Em nono lugar, escolhi uma das minhas leituras recentes, Frankenstein, da também inglesa Mary Shelley.
Este livro é simplesmente sensacional e não é à toa que é considerado um dos maiores clássicos de todos os tempos.
O cientista que ultrapassa os limites da ciência e dá vida a uma matéria inanimada e a abandona.
O mito da criação é retomado aqui de forma brilhante por Shelley.
E a questão permanece: quem é o verdadeiro monstro? A criatura ou o criador?
Além do mais, a história da criação deste romance é por si só bastante intrigante e vale a pena ser conferida!
A resenha está disponível aqui.
Na oitava posição, trago para vocês um livrinho curtinho que me cativou: O Prazer de Ler, da brasileira Heloísa Seixas.
Este livro me despertou a vontade de iniciar um blog e compartilhar as minhas experiências de leitura, assim como Heloísa faz em O Prazer de Ler.
É também daí que tirei a ideia para o título do blog: O Prazer da Literatura.
Quem tem interesse em começar sua jornada pelo universo dos clássicos da literatura, ou para professores que querem instigar o vírus da leitura em seus alunos, este é um livro obrigatório. Além de ser uma leitura muito divertida, é também bastante elucidadora!
Eu me identifiquei muito com a Heloísa e pretendo ler mais livros escritos pela autora em 2016.
Resenha aqui.
Em sétimo lugar, direto das profundezas da literatura de horror, trago o clássico vampiresco Entrevista com o Vampiro, de Anne Rice.
Este é um livro que estava na minha lista de leituras há muito tempo, e finalmente pude lê-lo em 2015.
Eu sempre fui fã de histórias de vampiros, então sabia que precisava ler as crônicas vampirescas da norte-americana Anne Rice. Entrevista com o Vampiro é o primeiro volume da saga, e com o lançamento de O Príncipe Lestat recentemente, me animei a iniciar a leitura.
Quem gosta de pactos sanguíneos e criaturas que fogem da luz, Entrevista com o Vampiro é leitura obrigatória.
O próximo volume da série, O Vampiro Lestat, também já está na lista para 2016.
Quem perdeu a resenha pode acessá-la aqui.
Na sexta posição, trago uma das leituras feita para a Maratona Literária de Inverno realizada pelo canal Geek Freak. Honestamente, se não fosse pela maratona, na qual um dos desafios era ler um romance, este livro provavelmente teria ficado na minha estante por mais tempo! Trata-se de Beauvoir Apaixonada, de Irène Frain. Eu me apaixonei por esse livro no momento em que o vi pela primeira vez na livraria, pois sou uma admiradora do trabalho da Simone de Beauvoir, mas pouco sabia sobre a sua vida pessoal. Porém, normalmente leio fantasias e clássicos da literatura, não sou muito de romances, então estava adiando a leitura. Por isso, devo agradecer à maratona, pois Beauvoir Apaixonada me encantou, e adorei conhecer melhor a pessoa Simone de Beauvoir e sua relação com o filósofo Jean-Paul Sartre.
Viram como vale a pena sair da nossa zona de conforto literária?
Para acessar a resenha, clique aqui.
Estamos chegando mais perto do pódio! Em quinto lugar, escolhi uma leitura feita para uma disciplina do mestrado. Mas quem disse que leituras obrigatórias são necessariamente chatas? Pelo contrário! Ivanhoe, como grande medievalista que sou, simplesmente me cativou e garantiu seu lugar na minha lista dos 10+ de 2015.
Eu adoro histórias de cavaleiros e batalhas medievais, e tenho um interesse ainda maior pelo século XII, já que é o período que estudo no meu mestrado. Em Ivanhoe acompanhamos o reinado do heróico Rei Ricardo Coração-de-Leão e as artimanhas do seu irmão João para roubar o trono. Além do mais, a história é repleta de personagens inesquecíveis, como o Cavaleiro Deserdado, o Cavaleiro Negro e o lendário Robin Hood.
Vale a pena a leitura do livro e da resenha aqui no blog!
O quarto lugar ficou com a escritora canadense Margaret Atwood e seu romance O Conto da Aia. Essa distopia me prendeu por dois motivos: a história envolvente e a crescente angústia e indignação que eu sofria para com a sociedade representada neste livro, que trata as mulheres como objetos, apenas como máquinas reprodutoras.
Só de me imaginar em uma sociedade como esta, eu já sinto meu corpo inteiro tremer de raiva!
Mas as melhores leituras são essas que tiram o leitor da inércia e o fazem sentir junto com o personagem.
O Conto da Aia foi uma das surpresas literárias inesquecíveis neste ano.
Para conferir a resenha, clique aqui.
Iniciamos agora o pódio dos 10 livros mais marcantes de 2015! E o terceiro lugar ficou com uma autora norte-americana que eu desconhecia até então, Patricia Bracewell, e seu romance histórico A Rainha Normanda, que conta a saga de Emma, uma jovem normanda que tornou-se rainha da Inglaterra com apenas 15 anos ao casar-se com Ethelred, rei muito mais velho do que ela. Sozinha em uma terra estrangeira, Emma deve dar um herdeiro ao seu marido, mas acaba apaixonando-se por um de seus filhos. Além da conturbada vida pessoal de Emma, a Inglaterra sofre com cruéis ataques vikings.
Este volume é o primeiro da trilogia da Emma de Normandia escrita por Bracewell. O segundo volume, The Price of Blood, já foi lançado nos Estados Unidos, mas ainda não chegou às livrarias brasileiras.
Resenha, aqui.
Está esquentando! Em segundo lugar está uma escritora que não poderia faltar em minha lista dos 10+! Minha escritora preferida e que marcou a minha carreira acadêmica, a inigualável Jane Austen. Nesta lista de 2015, escolhi Orgulho e Preconceito para figurar na segunda posição.
Já tinha lido a maioria dos livros de Austen, mas a sua obra mais conhecida, Orgulho e Preconceito, ainda estava na minha lista de leituras. Aproveitando o meu entusiasmo por Austen por ocasião da defesa do meu TCC, resolvi ler este clássico que faltava e, claro, me apaixonei!
Me apaixonei muitas vezes: pela escrita de Austen, pela casa Pemberley, pelo Mr. Darcy e pela ousada Elizabeth Bennet.
Não é à toa que este é um dos livros mais queridos e relidos da autora. Eu só queria poder fazer as minhas malas neste mesmo instante e me mudar para Pemberley!
Para acessar a resenha, clique aqui.
E chegamos ao pódio, o tão esperado primeiro lugar!
O livro mais marcante para mim neste ano de 2015 ficou com o vampiro dos vampiros, a melhor criação de Bram Stoker, um dos personagens da literatura mais comentado e retratado em diferentes mídias, além de ser copiado por muitos wanna-be vamps: o incrível Conde Drácula!
Sim, Drácula, de Bram Stoker, foi a leitura que mais me marcou em 2015.
Este livro também já estava há tempo em minha lista, e resolvi lê-lo, também, durante a Maratona Literária de Inverno do Geek Freak.
Todos nós achamos que sabemos a história do Conde Drácula, mas na verdade não sabemos! A história original é muito envolvente, além de ser contada de uma maneira que eu simplesmente adorei: através de diários dos personagens, matérias de jornais e cartas. É como um quebra-cabeça que vamos montando aos poucos com base no que cada personagem revela. Mas, ao mesmo tempo, temos que cuidar com o que é realmente fato e o que se passou apenas na imaginação de determinado personagem.
Ah, e o verdadeiro Conde Drácula não tem nada do charme de Edward Cullen ou a aparência de Jonathan Rhys Meyers na série de televisão; ele é horrendo, tem um bafo terrível e um nariz enorme!
Vale a pena conferir a história original. Mas, antes, não deixe de ler a resenha aqui.
Aqui está a minha lista dos 10+ livros marcantes de 2015, minha retrospectiva literária deste ano que está acabando, mas que contribuiu muito para a minha formação como leitora!
Agora, entro de férias do blog por alguns dias (mas as leituras não param!). Vou recolher materiais interessantes para iniciar o próximo ano com o pé direito e com muitas sugestões literárias.
Espero que tenham gostado da minha retrospectiva e que reflitam sobre os livros que marcaram a sua trajetória literária neste ano.
Um abraço, um ótimo ano novo e, claro, muitas leituras!
Fernanda
domingo, 27 de dezembro de 2015
sábado, 26 de dezembro de 2015
"Instrumentos Mortais - Cidade dos Ossos", Cassandra Clare
Olá, queridos leitores!
Como foram de Natal? Espero que tenha sido um momento muito especial! Por aqui, a noite foi mágica: muita comida gostosa, conversas e risadas com a família, brincadeiras com as crianças, troca de presentes, músicas de natal e muita alegria! Eu, como sempre, ganhei de meu amigo secreto livros muito legais, sobre os quais escreverei logo, logo por aqui. Afinal de contas, não há nada melhor para fazer nas férias do que ler bons livros em um lugar bem tranquilo, não é?
Hoje de manhã terminei de ler o primeiro livro da saga Instrumentos Mortais da escritora norte-americana Cassandra Clare: Cidade dos Ossos. Cidade dos Ossos é o primeiro dos seis livros e foi publicado pela primeira vez nos Estados Unidos em 2007. O segundo volume da saga, Cidade das Cinzas, foi lançado em 2008; o terceiro, Cidade de Vidro, em 2009; o quarto livro, Cidade dos Anjos Caídos, em 2011; o quinto, Cidade das Almas Perdidas, em 2012; e o último volume da série, Cidade do Fogo Celestial, chegou às livrarias em 2014. A saga tornou-se um best-seller mundial, tendo vendido mais de 15 milhões de exemplares e sendo traduzida para mais de 34 idiomas.
O primeiro volume, Cidade dos Ossos, nos apresenta Clary, uma garota de quinze anos de cabelos ruivos, e seu melhor amigo Simon, um garoto de óculos e cabelos encaracolados pretos. Curtindo as férias de verão, os dois enfrentam uma fila e entram no clube Pandemonium, onde Clary vê três adolescentes cobertos de marcas desenhadas pelo corpo. O problema é que só ela parece vê-los; eles permanecem invisíveis para o resto das pessoas, inclusive Simon. Estes três jovens são Jace, Alec e Isabelle, e são Shadowhunters, ou Caçadoras das Sombras. Neste clube, os Caçadores de Sombras perseguiam um demônio em copo de humano. Aliás, é isto mesmo o que os Caçadores de Sombras fazem: caçam demônios.
Ao saber da existência do Mundo das Sombras, Clary vê seu mundo virar de cabeça para baixo, ainda mais quando volta para sua casa no Brooklyn e descobre que sua casa foi revirada e sua mãe está desaparecida. Teria ela sido raptada por demônios?
Enquanto buscava por pistas do paradeiro de sua mãe, Clary é atacada por um demônio chamado Ravener, uma enorme criatura mortal. Ferida, Clary é levada por Jace para o Instituto, uma catedral gótica em plena Nova York do século XXI e local onde os Caçadores de Sombras recebem sua educação e onde Caçadores estrangeiros podem se refugiar. Os irmãos Alec e Isabelle estão ali, também, além de Hodge, o diretor do Instituto e tutor dos jovens. Os seres humanos normais, ou mundanos como são chamados pelos Caçadores, não conseguem ver o Instituto, pois ele está escondido sob um encantamento.
Aos poucos, Clary descobre que sua mãe era muito mais do que aparentava ser: ela era uma Caçadora de Sombras, assim como seu pai, que Clary supunha ter morrido em um acidente de carro quando ela ainda era muito pequena. Na verdade, a mãe de Clary tinha muitos segredos, e Clary precisa desvendá-los com a ajuda do encantador Jace e dos outros Caçadores para que possa enfim reencontrá-la.
Cidade dos Ossos é uma aventura instigante, que prende o leitor do início ao fim. Os últimos capítulos, principalmente, são tão envolventes que eu só parava de ler quando o sono pesava. Há muitos plot twists, ou mudanças repentinas na direção do enredo, que deixam qualquer leitor de boca aberta.
A saga dos Caçadores de Sombras continua no próximo volume da série, Cidade das Cinzas, que já está na minha lista de leituras. Quem gostou dos livros ou se interessou pelo enredo irá gostar da adaptação cinematográfica de Cidade dos Ossos feita em 2013 e dirigida por Harald Zwart. Lilly Collins faz o papel de Clary, Jamie Campbell Bower interpreta Jace e Robert Sheehan é Simon. Eu assisti a este filme no cinema quando ele estreou em 2013 e lembro que gostei bastante. Agora, depois de ler o livro, pretendo assisti-lo novamente e, desta vez, com outros olhos. Na verdade, acho que esse será o programa de hoje: o filme Cidade dos Ossos (que está disponível no Netflix) e muita pipoca!
Infelizmente, as continuações de Cidade dos Ossos no cinema foram canceladas. Mas não se desesperem! A saga de Cassandra Clare será transformada em uma série de televisão produzida pela ABC Family com o título de Shadowhunters. A série tem previsão de estreia para janeiro de 2016 (daqui um mês!!) e conta com um elenco diferente do que atuou no filme: Katherine McNamara é Clary, Dominic Sherwood é Jace (bye bye Jamie! :/) e Alberto Rosende fará o papel de Simon. A primeira temporada de Shadowhunters terá 13 episódios. Agora é só aguardar para conferir!
Cassandra Clare, a autora da saga, nasceu em 27 de julho de 1973 (quase fazemos aniversário no mesmo dia!) em Teerã, no Irã, mas de pais americanos. Ela passou a maior parte de sua infância viajando com os pais, por isso se refugiava em livros. Desde cedo, gostava de inventar histórias para divertir seus colegas. Além disso, ela escreveu muitas fanfics de Harry Potter e é super amiga da escritora Holly Black! Elas até mesmo escreveram uma saga em conjunto, Magisterium, cujo primeiro livro já foi lançado no Brasil sob o título O Desafio de Ferro. A saga tem previsão de abranger cinco livros e o segundo volume, The Copper Gauntlet, já foi lançado nos Estados Unidos no ano passado.
Espero que tenham gostado de conhecer um pouco melhor essa escritora tão versátil, Cassandra Clare, e seu mundo dos Instrumentos Mortais. Quem sabe com o sucesso da série da ABC, o projeto de filmagem do segundo filme não é retomado?
Um forte abraço a todos e cuidado com os demônios à solta por aí!
Ótimas leituras!
Fernanda
Como foram de Natal? Espero que tenha sido um momento muito especial! Por aqui, a noite foi mágica: muita comida gostosa, conversas e risadas com a família, brincadeiras com as crianças, troca de presentes, músicas de natal e muita alegria! Eu, como sempre, ganhei de meu amigo secreto livros muito legais, sobre os quais escreverei logo, logo por aqui. Afinal de contas, não há nada melhor para fazer nas férias do que ler bons livros em um lugar bem tranquilo, não é?
Hoje de manhã terminei de ler o primeiro livro da saga Instrumentos Mortais da escritora norte-americana Cassandra Clare: Cidade dos Ossos. Cidade dos Ossos é o primeiro dos seis livros e foi publicado pela primeira vez nos Estados Unidos em 2007. O segundo volume da saga, Cidade das Cinzas, foi lançado em 2008; o terceiro, Cidade de Vidro, em 2009; o quarto livro, Cidade dos Anjos Caídos, em 2011; o quinto, Cidade das Almas Perdidas, em 2012; e o último volume da série, Cidade do Fogo Celestial, chegou às livrarias em 2014. A saga tornou-se um best-seller mundial, tendo vendido mais de 15 milhões de exemplares e sendo traduzida para mais de 34 idiomas.
A saga Instrumentos Mortais |
O primeiro volume, Cidade dos Ossos, nos apresenta Clary, uma garota de quinze anos de cabelos ruivos, e seu melhor amigo Simon, um garoto de óculos e cabelos encaracolados pretos. Curtindo as férias de verão, os dois enfrentam uma fila e entram no clube Pandemonium, onde Clary vê três adolescentes cobertos de marcas desenhadas pelo corpo. O problema é que só ela parece vê-los; eles permanecem invisíveis para o resto das pessoas, inclusive Simon. Estes três jovens são Jace, Alec e Isabelle, e são Shadowhunters, ou Caçadoras das Sombras. Neste clube, os Caçadores de Sombras perseguiam um demônio em copo de humano. Aliás, é isto mesmo o que os Caçadores de Sombras fazem: caçam demônios.
Ao saber da existência do Mundo das Sombras, Clary vê seu mundo virar de cabeça para baixo, ainda mais quando volta para sua casa no Brooklyn e descobre que sua casa foi revirada e sua mãe está desaparecida. Teria ela sido raptada por demônios?
Enquanto buscava por pistas do paradeiro de sua mãe, Clary é atacada por um demônio chamado Ravener, uma enorme criatura mortal. Ferida, Clary é levada por Jace para o Instituto, uma catedral gótica em plena Nova York do século XXI e local onde os Caçadores de Sombras recebem sua educação e onde Caçadores estrangeiros podem se refugiar. Os irmãos Alec e Isabelle estão ali, também, além de Hodge, o diretor do Instituto e tutor dos jovens. Os seres humanos normais, ou mundanos como são chamados pelos Caçadores, não conseguem ver o Instituto, pois ele está escondido sob um encantamento.
Jace e Clary |
Cidade dos Ossos é uma aventura instigante, que prende o leitor do início ao fim. Os últimos capítulos, principalmente, são tão envolventes que eu só parava de ler quando o sono pesava. Há muitos plot twists, ou mudanças repentinas na direção do enredo, que deixam qualquer leitor de boca aberta.
A saga dos Caçadores de Sombras continua no próximo volume da série, Cidade das Cinzas, que já está na minha lista de leituras. Quem gostou dos livros ou se interessou pelo enredo irá gostar da adaptação cinematográfica de Cidade dos Ossos feita em 2013 e dirigida por Harald Zwart. Lilly Collins faz o papel de Clary, Jamie Campbell Bower interpreta Jace e Robert Sheehan é Simon. Eu assisti a este filme no cinema quando ele estreou em 2013 e lembro que gostei bastante. Agora, depois de ler o livro, pretendo assisti-lo novamente e, desta vez, com outros olhos. Na verdade, acho que esse será o programa de hoje: o filme Cidade dos Ossos (que está disponível no Netflix) e muita pipoca!
Elenco da série |
Cassandra Clare, a autora da saga, nasceu em 27 de julho de 1973 (quase fazemos aniversário no mesmo dia!) em Teerã, no Irã, mas de pais americanos. Ela passou a maior parte de sua infância viajando com os pais, por isso se refugiava em livros. Desde cedo, gostava de inventar histórias para divertir seus colegas. Além disso, ela escreveu muitas fanfics de Harry Potter e é super amiga da escritora Holly Black! Elas até mesmo escreveram uma saga em conjunto, Magisterium, cujo primeiro livro já foi lançado no Brasil sob o título O Desafio de Ferro. A saga tem previsão de abranger cinco livros e o segundo volume, The Copper Gauntlet, já foi lançado nos Estados Unidos no ano passado.
Cassandra Clare |
Espero que tenham gostado de conhecer um pouco melhor essa escritora tão versátil, Cassandra Clare, e seu mundo dos Instrumentos Mortais. Quem sabe com o sucesso da série da ABC, o projeto de filmagem do segundo filme não é retomado?
Um forte abraço a todos e cuidado com os demônios à solta por aí!
Ótimas leituras!
Fernanda
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quinta-feira, 24 de dezembro de 2015
"O Natal de Poirot", Agatha Christie
Então é Natal!
Que delícia, a melhor época do ano sem dúvida alguma!
Não há nada como ficar na casa da nossa família, ajudando com os preparativos para essa noite tão especial. E, claro, para comemorar esta data, não poderia deixar de sugerir para vocês um livro com tema natalino: O Natal de Poirot, da rainha Agatha Christie. Este livro eu li no ano passado, mais ou menos nessa mesma época, para entrar no clima natalino! Nesta história, Agatha Christie consegue combinar as tradições do Natal na Inglaterra com assassinatos, brigas por testamento e muito mistério.
O Natal de Poirot foi publicado pela primeira vez em dezembro de 1938 e, como o título já indica, é mais uma trama policial desvendada pelo nosso detetive preferido, Hercule Poirot, que aparece em 33 romances, 1 peça de teatro e 50 contos da rainha do crime.
O milionário Simon Lee convida toda a sua família, até mesmo Pilar, sua neta que ninguém na família conhecia até então, e Harry, o ovelha negra da família, para passar a época de Natal em sua mansão. Porém, na véspera de Natal, um grito é ouvido vindo do escritório de Simon. A porta estava trancada por dentro e quando conseguem finalmente arrombá-la, encontram o cômodo revirado e o corpo de Simon no chão, morto. Para complicar o caso, diamantes brutos haviam sido roubados do cofre de Simon Lee.
O detetive Poirot é chamado para investigar o caso. Quem teria matado Simon? Como a vítima poderia ter sido assassinada dentro de um quarto trancado? O assassinato teria alguma relação com o roubo dos diamantes?
Pra descobrir as respostas a estas perguntas, vocês terão que ler esse envolvente romance policial! O Natal de Poirot foi adaptado para a televisão em 1994 para um episódio especial da série Agatha Christie's Poirot. Davis Suchet faz o papel do peculiar detetive e Vernon Dobtcheff é o milionário Simon Lee. Esta série foi ao ar na televisão britânica por quatorze anos, de janeiro de 1989 a novembro de 2013. Durante este tempo, todos os trabalhos de Christie em que o detetive Poirot aparece foram adaptados. Eu quero muito assistir essa série por completo, infelizmente os episódios não são muito fáceis de encontrar, principalmente os mais antigos. Porém, vale a pena dar uma bisbilhotada pela internet para verificar.
Outra adaptação de O Natal de Poirot foi realizada em 2006 pela televisão francesa em uma série de quatro episódios intitulada Petits Meurtres en famille. Nesta adaptação, Poirot foi substituído por uma dupla de detetives. O neto de Christie, Matthew Prichard, disse que essa foi a melhor adaptação televisiva dos trabalhos de sua avó que ele já havia visto. Também fiquei curiosa para assistir!
Para quem gosta dos crimes brilhantes de Agatha Christie, nada melhor do que desvendar um mistério que se passa durante a época de Natal enquanto nos preparamos para a noite especial de hoje, não é mesmo?
Eu desejo um Natal especial e mágico a todos vocês, queridos leitores. Espero que o Papai Noel traga muitos livros interessantes e instigantes para rechear o nosso 2016 de muita leitura!
Um forte abraço e Feliz Natal!
Fernanda
Que delícia, a melhor época do ano sem dúvida alguma!
Não há nada como ficar na casa da nossa família, ajudando com os preparativos para essa noite tão especial. E, claro, para comemorar esta data, não poderia deixar de sugerir para vocês um livro com tema natalino: O Natal de Poirot, da rainha Agatha Christie. Este livro eu li no ano passado, mais ou menos nessa mesma época, para entrar no clima natalino! Nesta história, Agatha Christie consegue combinar as tradições do Natal na Inglaterra com assassinatos, brigas por testamento e muito mistério.
Agatha Christie |
O milionário Simon Lee convida toda a sua família, até mesmo Pilar, sua neta que ninguém na família conhecia até então, e Harry, o ovelha negra da família, para passar a época de Natal em sua mansão. Porém, na véspera de Natal, um grito é ouvido vindo do escritório de Simon. A porta estava trancada por dentro e quando conseguem finalmente arrombá-la, encontram o cômodo revirado e o corpo de Simon no chão, morto. Para complicar o caso, diamantes brutos haviam sido roubados do cofre de Simon Lee.
Hercule Poirot |
Pra descobrir as respostas a estas perguntas, vocês terão que ler esse envolvente romance policial! O Natal de Poirot foi adaptado para a televisão em 1994 para um episódio especial da série Agatha Christie's Poirot. Davis Suchet faz o papel do peculiar detetive e Vernon Dobtcheff é o milionário Simon Lee. Esta série foi ao ar na televisão britânica por quatorze anos, de janeiro de 1989 a novembro de 2013. Durante este tempo, todos os trabalhos de Christie em que o detetive Poirot aparece foram adaptados. Eu quero muito assistir essa série por completo, infelizmente os episódios não são muito fáceis de encontrar, principalmente os mais antigos. Porém, vale a pena dar uma bisbilhotada pela internet para verificar.
Outra adaptação de O Natal de Poirot foi realizada em 2006 pela televisão francesa em uma série de quatro episódios intitulada Petits Meurtres en famille. Nesta adaptação, Poirot foi substituído por uma dupla de detetives. O neto de Christie, Matthew Prichard, disse que essa foi a melhor adaptação televisiva dos trabalhos de sua avó que ele já havia visto. Também fiquei curiosa para assistir!
Adaptação da TV francesa |
Para quem gosta dos crimes brilhantes de Agatha Christie, nada melhor do que desvendar um mistério que se passa durante a época de Natal enquanto nos preparamos para a noite especial de hoje, não é mesmo?
Eu desejo um Natal especial e mágico a todos vocês, queridos leitores. Espero que o Papai Noel traga muitos livros interessantes e instigantes para rechear o nosso 2016 de muita leitura!
Um forte abraço e Feliz Natal!
Fernanda
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segunda-feira, 21 de dezembro de 2015
"A Coisa Autêntica", Henry James
Boa tarde, queridos leitores!
Hoje é dia 21 de dezembro, segunda-feira... o início da melhor semana do ano! Eu simplesmente adoro esses dias que antecedem o Natal: passar dias descansando com a família, planejar a grande noite, providenciar aquelas comidas típicas deliciosas, reencontrar os amigos, escolher presentes para pessoas especiais e, claro, ler ótimas histórias durante as horas vagas!
Quem me acompanha sabe que o blog foi uma das razões pelas quais eu comecei a ler mais contos: histórias mais curtas, porém envolventes. Devido ao grande número de publicações por aqui, as leituras de romances apenas não davam conta para cobrir todos os posts, por isso recorri a essas narrativas com menos páginas. No entanto, agora estou simplesmente apaixonada por contos! Dessa forma, consigo conhecer uma gama maior de escritores e seus estilos literários, além de me deixar envolver com histórias fascinantes! Para conseguir trazer ao leitor personagens e tramas memoráveis em um conto, o escritor precisa de muito mais habilidade do que se tivesse todas as páginas de um romance para desenvolvê-los. Por isso, um grande salve aos ótimos contistas de nossa literatura mundial!
É por isso que hoje trago para vocês um grande nome da literatura norte-americana, que escreveu tanto contos, como romances, novelas e ensaios teóricos. Eu falo de Henry James, escrito que nasceu em Nova York em 15 de abril de 1843, mas passou a maior parte da sua vida na Inglaterra, onde morreu em 28 de fevereiro de 1916, aos 72 anos. Apesar de minha afeição por James ter diminuído depois que eu soube que ele havia criticado muito o trabalho de Walter Scott (por quem eu tenho grande admiração!), Henry James continua me surpreendendo com a sua escrita. Seu romance A Volta do Parafuso (1898) de terror psicológico é um de meus livros preferidos de todos os tempos!
O conto de James que escolhi para comentar com vocês hoje faz parte da antologia Great American Short Stories, organizada por Paul Negri e publicada pela Dover Thrift Editions em 2002. Essas edições em paperback são super baratas, elas contêm clássicos da literatura mundial a um preço bastante acessível. Vale a pena adicionar esses volumes a suas estantes! O conto em questão se chama A Coisa Autêntica, ou The Real Thing no original. Esta história foi originalmente publicada em 1892 em jornais americanos e na publicação inglesa Black and White.
A Coisa Autêntica lida com o paralelo entre ilusão e realidade, e como a arte torna, muitas vezes, difícil a distinção entre o que é "autêntico" e o que é representação. O narrador é um ilustrador, que além de pintar retratos, também faz gravuras para a ilustração de romances. Para isso, ele contrata modelos que posam de diversas maneiras e com diversos figurinos, dependendo do objetivo, tema e público-alvo das ilustrações. Eis que um dia, um casal muito bem vestido aparece no ateliê do narrador e, meio sem jeito, pede por trabalho. Os dois haviam perdido toda a sua fortuna e, devido à sua boa aparência, decidiram que poderiam tentar um trabalho como modelos para ilustrações, já que não haviam sido aceitos em nenhum outro emprego e estavam desesperados. Sentindo pela situação do casal, o ilustrador os aceita para um teste, imaginando que os dois seriam perfeitos para as ilustrações dos personagens de um novo romance que está para ser editado, que representa a elite da sociedade inglesa. Eles seriam perfeitos para o papel pois eram "a coisa autêntica". Eles não precisariam representar, pois eles eram, de fato, da elite. Porém, o ilustrador logo descobre que, para a arte, a "coisa autêntica" nem sempre é a melhor representação da realidade.
Eu achei este paralelo de James muito interessante. Um crítico literário elogiou muito esse trabalho de James, principalmente por ele ter conseguido juntar em apenas um conto uma ficção envolvente, uma parábola estética e uma sátira da aristocracia. Além disso, James deixa o leitor refletindo sobre o que é a "coisa autêntica" na verdade. Afinal de contas, o que é real? O que é ilusório? Albert Einstein já dizia: "A realidade é meramente uma ilusão, ainda que bastante persistente".
Este conto é facilmente encontrado na internet e pode ser uma boa introdução ao universo de Henry James. Para quem já está de férias e aproveitando o tempo livre, que tal ler um conto delicioso como este? Você fica tão preso a cada parágrafo que, de repente, a história já terminou! Porém, as reflexões permanecem ainda por muito tempo depois de terminada a leitura, e são estes os contos que valem a pena ser lidos, relidos e comentados!
Uma ótima semana de Natal a todos!
Ótimas leituras e descobertas literárias!
Fernanda
Hoje é dia 21 de dezembro, segunda-feira... o início da melhor semana do ano! Eu simplesmente adoro esses dias que antecedem o Natal: passar dias descansando com a família, planejar a grande noite, providenciar aquelas comidas típicas deliciosas, reencontrar os amigos, escolher presentes para pessoas especiais e, claro, ler ótimas histórias durante as horas vagas!
Quem me acompanha sabe que o blog foi uma das razões pelas quais eu comecei a ler mais contos: histórias mais curtas, porém envolventes. Devido ao grande número de publicações por aqui, as leituras de romances apenas não davam conta para cobrir todos os posts, por isso recorri a essas narrativas com menos páginas. No entanto, agora estou simplesmente apaixonada por contos! Dessa forma, consigo conhecer uma gama maior de escritores e seus estilos literários, além de me deixar envolver com histórias fascinantes! Para conseguir trazer ao leitor personagens e tramas memoráveis em um conto, o escritor precisa de muito mais habilidade do que se tivesse todas as páginas de um romance para desenvolvê-los. Por isso, um grande salve aos ótimos contistas de nossa literatura mundial!
Henry James |
O conto de James que escolhi para comentar com vocês hoje faz parte da antologia Great American Short Stories, organizada por Paul Negri e publicada pela Dover Thrift Editions em 2002. Essas edições em paperback são super baratas, elas contêm clássicos da literatura mundial a um preço bastante acessível. Vale a pena adicionar esses volumes a suas estantes! O conto em questão se chama A Coisa Autêntica, ou The Real Thing no original. Esta história foi originalmente publicada em 1892 em jornais americanos e na publicação inglesa Black and White.
A Coisa Autêntica lida com o paralelo entre ilusão e realidade, e como a arte torna, muitas vezes, difícil a distinção entre o que é "autêntico" e o que é representação. O narrador é um ilustrador, que além de pintar retratos, também faz gravuras para a ilustração de romances. Para isso, ele contrata modelos que posam de diversas maneiras e com diversos figurinos, dependendo do objetivo, tema e público-alvo das ilustrações. Eis que um dia, um casal muito bem vestido aparece no ateliê do narrador e, meio sem jeito, pede por trabalho. Os dois haviam perdido toda a sua fortuna e, devido à sua boa aparência, decidiram que poderiam tentar um trabalho como modelos para ilustrações, já que não haviam sido aceitos em nenhum outro emprego e estavam desesperados. Sentindo pela situação do casal, o ilustrador os aceita para um teste, imaginando que os dois seriam perfeitos para as ilustrações dos personagens de um novo romance que está para ser editado, que representa a elite da sociedade inglesa. Eles seriam perfeitos para o papel pois eram "a coisa autêntica". Eles não precisariam representar, pois eles eram, de fato, da elite. Porém, o ilustrador logo descobre que, para a arte, a "coisa autêntica" nem sempre é a melhor representação da realidade.
O casal Monarch |
Este conto é facilmente encontrado na internet e pode ser uma boa introdução ao universo de Henry James. Para quem já está de férias e aproveitando o tempo livre, que tal ler um conto delicioso como este? Você fica tão preso a cada parágrafo que, de repente, a história já terminou! Porém, as reflexões permanecem ainda por muito tempo depois de terminada a leitura, e são estes os contos que valem a pena ser lidos, relidos e comentados!
Uma ótima semana de Natal a todos!
Ótimas leituras e descobertas literárias!
Fernanda
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quinta-feira, 17 de dezembro de 2015
"A Abadia de Northanger", Jane Austen
Bom dia, queridos leitores!
Ontem, 16 de dezembro, foi aniversário da nossa querida autora Jane Austen, ela comemoraria 240 anos de idade! Por isso, eu não poderia deixar de escrever sobre ela hoje, minha escritora preferida e que faz parte tanto da minha jornada pessoal como leitora, como também da minha carreira acadêmica. Meu trabalho de conclusão do curso de Letras Português-Inglês foi uma análise feminista da personagem Marianne Dashwood, de Razão e Sensibilidade. Já escrevi sobre este livro aqui no blog, quem tiver interesse em rever o post pode acessá-lo clicando aqui. Hoje, porém, escrevo sobre outro romance de Jane, talvez não tão conhecido como Orgulho e Preconceito, mas um de meus livros preferidos: o simplesmente fantástico A Abadia de Northanger.
A Abadia de Northanger foi o primeiro livro finalizado por Jane Austen, em torno de 1798, mas foi o último a ser publicado, somente em dezembro de 1817, após a morte da escritora em julho deste mesmo ano.
No final do século XVIII, os romances góticos eram muito populares entre a sociedade leitora inglesa, principalmente os da escritora Ann Radcliffe. Jane Austen se apropria desta onda de romances góticos, mas ao invés de escrever uma história gótica sua, ela escreve uma fantástica paródia da estrutura formulaica e temas repetitivos do gênero gótico.
Na história de Austen, conhecemos a protagonista Catherine Morland, uma jovem que recebe a permissão dos pais para passar o verão em Bath com o Sr. e a Sra. Allen. Bath é um balneário na Inglaterra e o principal destino para as férias de verão, onde as pessoas mais importantes do país se encontravam para compartilhar festas e reuniões sociais. Lá, Catherina encontra Isabella Thorpe, que logo vira sua amiga íntima e lhe apresenta o romance gótico Udolpho, de Ann Radcliffe, que, de acordo com Isabella, todas as garotas estão lendo no momento. Catherine, apaixonada por livros, devora o romance de Radcliffe e, com sua imaginação fértil, logo começa a se imaginar uma personagem de enredos góticos.
Em Bath, Catherine também conhece Henry Tilney, por quem se apaixona. Catherine faz amizade com a irmã de Henry, Eleanor, que a convida a passar uns dias com a família em sua casa, a abadia de Northanger. Ao chegar lá, Catherine se encanta pelo prédio antigo, cheio de passagens secretas e misteriosas passagens. Influenciada por sua leitura de Udolpho ou não, Catherina começa a pensar que um horroroso crime havia sido cometido nesta casa. Estaria Catherine misturando fantasia com realidade?
Jane Austen ironiza aqui a influência que um romance pode ter na mente de uma jovem garota, além de parodiar os elementos básicos de um romance gótico, como um casarão misterioso, cômodos fechados, uma morte na família e segredos para serem levados à tumba.
Para descobrirem se a abadia de Northanger estava mesmo amaldiçoada ou se era tudo fruto da cabeça de Catherine Morland, vocês terão que ler o romance de Austen que, eu garanto, vale a pena. Ali encontramos a perspicácia e ironia ácida da jovem Austen, que se perde um pouco nos romances mais maduros da autora, como Mansfield Park e Persuasão.
Este livro de Jane Austen foi adaptado para a televisão em 2007 pelo diretor Jon Jones. O filme para televisão estrela Felicity Jones no papel de Catherine Morland e J. J. Feild como Henry Tilney. Eu tenho este filme em DVD na minha coleção e, depois de escrever este post, acho que vou revê-lo! É uma ótima adaptação e, ao meu ver, Felicity Jones representa muito bem o papel de Catherine, atordoada por sua imaginação e influenciada pela paixão à fantasia.
A Abadia de Northanger é mais uma grande obra-prima da nossa querida Jane Austen (1775-1817), um dos maiores nomes da literatura inglesa e, até mesmo, mundial. Catherine Morland é mais uma das heroínas literárias que merecem um espaço na sua estante.
Um grande abraço e ótima leituras!
Nos vemos em Northanger!
Fernanda
Ontem, 16 de dezembro, foi aniversário da nossa querida autora Jane Austen, ela comemoraria 240 anos de idade! Por isso, eu não poderia deixar de escrever sobre ela hoje, minha escritora preferida e que faz parte tanto da minha jornada pessoal como leitora, como também da minha carreira acadêmica. Meu trabalho de conclusão do curso de Letras Português-Inglês foi uma análise feminista da personagem Marianne Dashwood, de Razão e Sensibilidade. Já escrevi sobre este livro aqui no blog, quem tiver interesse em rever o post pode acessá-lo clicando aqui. Hoje, porém, escrevo sobre outro romance de Jane, talvez não tão conhecido como Orgulho e Preconceito, mas um de meus livros preferidos: o simplesmente fantástico A Abadia de Northanger.
A Abadia de Northanger foi o primeiro livro finalizado por Jane Austen, em torno de 1798, mas foi o último a ser publicado, somente em dezembro de 1817, após a morte da escritora em julho deste mesmo ano.
No final do século XVIII, os romances góticos eram muito populares entre a sociedade leitora inglesa, principalmente os da escritora Ann Radcliffe. Jane Austen se apropria desta onda de romances góticos, mas ao invés de escrever uma história gótica sua, ela escreve uma fantástica paródia da estrutura formulaica e temas repetitivos do gênero gótico.
Na história de Austen, conhecemos a protagonista Catherine Morland, uma jovem que recebe a permissão dos pais para passar o verão em Bath com o Sr. e a Sra. Allen. Bath é um balneário na Inglaterra e o principal destino para as férias de verão, onde as pessoas mais importantes do país se encontravam para compartilhar festas e reuniões sociais. Lá, Catherina encontra Isabella Thorpe, que logo vira sua amiga íntima e lhe apresenta o romance gótico Udolpho, de Ann Radcliffe, que, de acordo com Isabella, todas as garotas estão lendo no momento. Catherine, apaixonada por livros, devora o romance de Radcliffe e, com sua imaginação fértil, logo começa a se imaginar uma personagem de enredos góticos.
Uma reunião em Bath de início do século XIX |
Jane Austen ironiza aqui a influência que um romance pode ter na mente de uma jovem garota, além de parodiar os elementos básicos de um romance gótico, como um casarão misterioso, cômodos fechados, uma morte na família e segredos para serem levados à tumba.
A abadia de Northanger |
Para descobrirem se a abadia de Northanger estava mesmo amaldiçoada ou se era tudo fruto da cabeça de Catherine Morland, vocês terão que ler o romance de Austen que, eu garanto, vale a pena. Ali encontramos a perspicácia e ironia ácida da jovem Austen, que se perde um pouco nos romances mais maduros da autora, como Mansfield Park e Persuasão.
Filme de 2007 |
Este livro de Jane Austen foi adaptado para a televisão em 2007 pelo diretor Jon Jones. O filme para televisão estrela Felicity Jones no papel de Catherine Morland e J. J. Feild como Henry Tilney. Eu tenho este filme em DVD na minha coleção e, depois de escrever este post, acho que vou revê-lo! É uma ótima adaptação e, ao meu ver, Felicity Jones representa muito bem o papel de Catherine, atordoada por sua imaginação e influenciada pela paixão à fantasia.
A Abadia de Northanger é mais uma grande obra-prima da nossa querida Jane Austen (1775-1817), um dos maiores nomes da literatura inglesa e, até mesmo, mundial. Catherine Morland é mais uma das heroínas literárias que merecem um espaço na sua estante.
Jane Austen |
Um grande abraço e ótima leituras!
Nos vemos em Northanger!
Fernanda
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terça-feira, 15 de dezembro de 2015
"As Brumas de Avalon - A Grande Rainha", Marion Zimmer Bradley
Olá, queridos leitores!
Hoje trago para vocês a continuação da maravilhosa saga As Brumas de Avalon, quadrilogia escrita pela norte-americana Marion Zimmer Bradley da lenda do Rei Arthur através das perspectivas das personagens femininas, como sua meia-irmã Morgana, sua mãe Igraine e sua esposa Guinevere.
Para quem perdeu a resenha do primeiro volume da série, A Senhora da Magia, pode acessá-la clicando aqui. O segundo livro que dá continuidade a história se chama A Grande Rainha e inicia-se com a perspectiva de Morgana, que está grávida do filho de Arthur, gerado durante os rituais das fogueiras de Beltane. Depois de muito sofrimento durante o parto, Morgana dá à luz Gwydion, cuja verdadeira identidade permanece desconhecida até mesmo para Arthur. Gwydion é criado na corte do Rei Lot como filho de Morgause, tia de Morgana.
Com a morte de Uther, Arthur é coroado rei da Bretanha e jura ser fiel tanto aos cristãos, quanto aos druidas da ilha mística de Avalon. Ele promete respeitar o cristianismo e os rituais pagãos. Como rei, Arthur deve buscar uma esposa e encontra-a em Guinevere, filha do Rei Leodegranz. Os dois se casam, mas o coração de Guinevere já havia sido conquistado por Lancelote, um dos cavaleiros e amigos mais leais do Rei Arthur. Portanto, Guinevere se esforça para esquecer o valente cavaleiro e se dedicar totalmente ao seu rei e senhor, o que se torna cada vez mais difíicl, pois Guinevere não consegue gerar um filho de Arthur, que seria herdeiro do trono e uma distração para os pensamentos pecaminosos de Guinevere.
Guinevere, a Grande Rainha, é uma cristã fervorosa e aos poucos convence Arthur a negligenciar suas promessas para com a velha religião de Avalon. Arthur proíbe os rituais pagãos e a adoração ao deuses, causando grande decepção e preocupação à Senhora do Lago, Viviane, que já está ficando velha e perdendo a Visão. Ela precisa de alguém para assumir o seu posto como grande conselheira de Avalon.
Arthur havia prometido unir a Bretanha, deixando o povo em harmonia independente de sua fé pessoal. O povo da Bretanha viveria em paz e em respeito mútuo. Porém, agora que ele quebrou o seu juramento, o povo mágico de Avalon permanecerá passivo? Ou será o início de uma guerra religiosa na Bretanha? Este é um assunto para o próximo volume da série, O Gamo-Rei.
Marion Zimmer Bradley, autora da saga, foi uma escritora norte-americana, nascida em 3 de junho de 1930. Ela morreu aos 69 anos, em 25 de setembro de 1999, deixando uma vasta produção literária, dentre a qual se destacam os seus romances relacionados à lenda do Rei Arthur. Após a sua morte, a autora Diana L. Paxson, nascida em 1943 e ainda viva, deu continuidade ao Ciclo de Avalon de Marion Zimmer Bradley com a publicação dos livros A Casa da Floresta (1994), A Senhora de Avalon (1997) e A Sacerdotisa de Avalon (2000). Mais recentemente, Diana tem publicado outro livros sobre a mística ilha de Avalon, mas individualmente.
O Gamo-Rei já está na minha lista de leituras e certamente será um dos próximos livros que lerei. Eu sou simplesmente apaixonada por histórias medievais e as lendas do Rei Arthur sempre me fascinaram. E o interessante é que elas permanecem rondando a literatura desde a Idade Média até os dias de hoje.
Uma ótima terça-feira a todos e ótimas leituras!
Nos vemos em Camelot!
Fernanda
Hoje trago para vocês a continuação da maravilhosa saga As Brumas de Avalon, quadrilogia escrita pela norte-americana Marion Zimmer Bradley da lenda do Rei Arthur através das perspectivas das personagens femininas, como sua meia-irmã Morgana, sua mãe Igraine e sua esposa Guinevere.
Para quem perdeu a resenha do primeiro volume da série, A Senhora da Magia, pode acessá-la clicando aqui. O segundo livro que dá continuidade a história se chama A Grande Rainha e inicia-se com a perspectiva de Morgana, que está grávida do filho de Arthur, gerado durante os rituais das fogueiras de Beltane. Depois de muito sofrimento durante o parto, Morgana dá à luz Gwydion, cuja verdadeira identidade permanece desconhecida até mesmo para Arthur. Gwydion é criado na corte do Rei Lot como filho de Morgause, tia de Morgana.
Ritual das fogueiras de Beltane |
Morgana |
Guinevere |
Marion Zimmer Bradley, autora da saga, foi uma escritora norte-americana, nascida em 3 de junho de 1930. Ela morreu aos 69 anos, em 25 de setembro de 1999, deixando uma vasta produção literária, dentre a qual se destacam os seus romances relacionados à lenda do Rei Arthur. Após a sua morte, a autora Diana L. Paxson, nascida em 1943 e ainda viva, deu continuidade ao Ciclo de Avalon de Marion Zimmer Bradley com a publicação dos livros A Casa da Floresta (1994), A Senhora de Avalon (1997) e A Sacerdotisa de Avalon (2000). Mais recentemente, Diana tem publicado outro livros sobre a mística ilha de Avalon, mas individualmente.
Marion Zimmer Bradley |
Diana Paxson |
Uma ótima terça-feira a todos e ótimas leituras!
Nos vemos em Camelot!
Fernanda
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