quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

"A Abadia de Northanger", Jane Austen

Bom dia, queridos leitores!

Ontem, 16 de dezembro, foi aniversário da nossa querida autora Jane Austen, ela comemoraria 240 anos de idade! Por isso, eu não poderia deixar de escrever sobre ela hoje, minha escritora preferida e que faz parte tanto da minha jornada pessoal como leitora, como também da minha carreira acadêmica. Meu trabalho de conclusão do curso de Letras Português-Inglês foi uma análise feminista da personagem Marianne Dashwood, de Razão e Sensibilidade. Já escrevi sobre este livro aqui no blog, quem tiver interesse em rever o post pode acessá-lo clicando aqui. Hoje, porém, escrevo sobre outro romance de Jane, talvez não tão conhecido como Orgulho e Preconceito, mas um de meus livros preferidos: o simplesmente fantástico A Abadia de Northanger.


A Abadia de Northanger foi o primeiro livro finalizado por Jane Austen, em torno de 1798, mas foi o último a ser publicado, somente em dezembro de 1817, após a morte da escritora em julho deste mesmo ano.

No final do século XVIII, os romances góticos eram muito populares entre a sociedade leitora inglesa, principalmente os da escritora Ann Radcliffe. Jane Austen se apropria desta onda de romances góticos, mas ao invés de escrever uma história gótica sua, ela escreve uma fantástica paródia da estrutura formulaica e temas repetitivos do gênero gótico.


Na história de Austen, conhecemos a protagonista Catherine Morland, uma jovem que recebe a permissão dos pais para passar o verão em Bath com o Sr. e a Sra. Allen. Bath é um balneário na Inglaterra e o principal destino para as férias de verão, onde as pessoas mais importantes do país se encontravam para compartilhar festas e reuniões sociais. Lá, Catherina encontra Isabella Thorpe, que logo vira sua amiga íntima e lhe apresenta o romance gótico Udolpho, de Ann Radcliffe, que, de acordo com Isabella, todas as garotas estão lendo no momento. Catherine, apaixonada por livros, devora o romance de Radcliffe e, com sua imaginação fértil, logo começa a se imaginar uma personagem de enredos góticos.


Uma reunião em Bath de início do século XIX
 Em Bath, Catherine também conhece Henry Tilney, por quem se apaixona. Catherine faz amizade com a irmã de Henry, Eleanor, que a convida a passar uns dias com a família em sua casa, a abadia de Northanger. Ao chegar lá, Catherine se encanta pelo prédio antigo, cheio de passagens secretas e misteriosas passagens. Influenciada por sua leitura de Udolpho ou não, Catherina começa a pensar que um horroroso crime havia sido cometido nesta casa. Estaria Catherine misturando fantasia com realidade?



Jane Austen ironiza aqui a influência que um romance pode ter na mente de uma jovem garota, além de parodiar os elementos básicos de um romance gótico, como um casarão misterioso, cômodos fechados, uma morte na família e segredos para serem levados à tumba.

A abadia de Northanger

Para descobrirem se a abadia de Northanger estava mesmo amaldiçoada ou se era tudo fruto da cabeça de Catherine Morland, vocês terão que ler o romance de Austen que, eu garanto, vale a pena. Ali encontramos a perspicácia e ironia ácida da jovem Austen, que se perde um pouco nos romances mais maduros da autora, como Mansfield Park e Persuasão.

Filme de 2007


Este livro de Jane Austen foi adaptado para a televisão em 2007 pelo diretor Jon Jones. O filme para televisão estrela Felicity Jones no papel de Catherine Morland e J. J. Feild como Henry Tilney. Eu tenho este filme em DVD na minha coleção e, depois de escrever este post, acho que vou revê-lo! É uma ótima adaptação e, ao meu ver, Felicity Jones representa muito bem o papel de Catherine, atordoada por sua imaginação e influenciada pela paixão à fantasia.

 A Abadia de Northanger é mais uma grande obra-prima da nossa querida Jane Austen (1775-1817), um dos maiores nomes da literatura inglesa e, até mesmo, mundial. Catherine Morland é mais uma das heroínas literárias que merecem um espaço na sua estante.

Jane Austen














Um grande abraço e ótima leituras!

Nos vemos em Northanger!

Fernanda



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