sábado, 20 de abril de 2019

"O Juramento do Rei", Jean Plaidy

Olá, queridos leitores!

Hoje venho compartilhar com vocês minha mais recente leitura: o novo volume da saga Plantageneta, O Juramento do Rei, de Jean Plaidy, pseudônimo da escritora inglesa Eleanor Hibbert (1906-1993).

Eu já estou lendo essa série sobre uma das principais dinastias de governantes da Inglaterra há alguns anos. A série inteira tem quatorze volumes e acompanha a história desde Henrique II (1133-1189) até Henrique VI (1421-1471), e é muito bem escrita por Jean Plaidy, que entrelaça fato e ficção, dando vida e personalidade a figuras históricas. O passo do livro é muito rápido, muita coisa acontece em poucas páginas, mas, assim que você se acostuma com o ritmo, a leitura flui muito bem e aprendemos muito sobre a história da monarquia inglesa.

Eduardo III
Neste nono volume, acompanhamos o jovem Eduardo III (1312-1377), coroado rei aos 14 anos em 1327 após a deposição forçada e misteriosa morte de seu pai, Eduardo II. Eduardo II (1284-1327) foi o protagonista do oitavo volume da saga, As Loucuras do Rei. Se você tiver mais interesse sobre esse monarca ou período, acesse a resenha do livro clicando aqui.

Na verdade, quem planejou a morte e arquitetou a deposição de Eduardo II foi sua própria esposa, a Rainha Isabel, cansada de ser ignorada por seu marido e trocada por amantes homens, e seu amante, Roger Mortimer. Com a morte do rei e com o jovem Eduardo III no trono, o casal achou que poderia reinar através do menino. Porém, Eduardo logo provou ser muito mais do que um ingênuo rapaz e liderou um golpe contra Mortimer, que levou a sua execução, e tornou sua mãe Isabela prisioneira de luxo em um dos castelos.

Filipa de Hainault
Eduardo cresce e se torna um monarca muito diferente de seu pai. Ele se destaca em batalhas e estratégias militares e conquista diversos territórios franceses. Em uma visita ao Condado de Hainault, ele conhece uma das filhas do condo, Filipa de Hainault, por quem se apaixona. O amor é mútuo, mas os dois precisam esperar e só mais tarde se casam. Os dois se amam muito, o que é difícil entre casamentos reais arranjados, e têm juntos 12 filhos. Eduardo permanece fiel a Filipa até os anos finais de sua esposa, quando ela já estava muito enferma e acima do peso.

Em meados do reinado de Eduardo, o conde Robert d'Artois foge da França e se asila na corte inglesa. Ele instiga o rei Eduardo a tomar o que é seu por direito - a coroa da França, à qual Eduardo teria direito por conta de sua mãe, Isabela, que era filha do rei Felipe IV da França. O filho homem de Isabela teria direito ao trono quando o rei francês Carlos IV morreu sem deixar descendentes. Instigado por d'Artois, que levou ao rei inglês uma garça assada como símbolo da passividade de Eduardo, humilhando-o em frente a sua corte, o rei faz um voto - que dá título ao livro - de que irá tomar em armas contra a França para conquistar a sua coroa, dando início a um longo período de hostilidade entre França e Inglaterra, a chamada Guerra dos Cem Anos.

O filho mais velho de Eduardo, o Príncipe Eduardo, conhecido como o Príncipe Negro devido à armadura preta que utilizava em batalha, prometia ser um grande herdeiro ao trono - leal, destemido e grande guerreiro. Porém, após seu casamento com Joan de Kent e o nascimento de dois filhos, Eduardo adoece repentinamente e morre, deixando o rei desesperado.

Edward, o Príncipe Negro

A essa altura, a rainha Filipa já havia morrido e Eduardo III vivia abertamente com a amante Alice Perrers, causando desgosto entre o povo, que antes o idolatrava. Eduardo já está velho e também adoece, deixando esse mundo logo após seu adorado filho.

Alice Perrers no leito de morte de Eduardo III

Como o primeiro filho do Príncipe Negro também morreu, é o jovem Ricardo que se torna o sucessor do trono e protagonista do próximo livro da saga, Passagem para Pontefract, que eu já estou louca para ler!

Então é isso, pessoal! Espero que tenham gostado dessa dica de romance histórico.

Uma ótima semana a todos e, é claro, ótimas leituras!

Fernanda