Hoje decidi escrever para vocês sobre um livro diferente, mas antes gostaria de lhes contar como o encontrei. Durante o verão de 2013, passei algumas semanas em Paris para fazer um curso de francês e me apaixonei pela efervescência cultural da cidade.
Museu d'Orsay em Paris |
No terraço do museu |
Você pode, tranquilamente, passar o dia inteiro admirando obras como estas:
Noite Estrelada sobre o Ródano, Van Gogh |
Bal du moulin de la Galette, Renoir |
Ao piano, Renoir |
Enquanto caminhava encantada pelos corredores do museu, me deparei com certos livros à venda e um deles me chamou muito a atenção, intitulado How to Read World History in Art, ou Como Ler a História do Mundo na Arte, de Flavio Febbraro e Burkhard Schwetje. Gostei muito da premissa do livro, que trabalha a relação entre a História e a Arte. Segundo os autores, "príncipes, monarcas e figuras poderosas de todos os períodos usaram a arte para glorificar suas proezas e deixar para a prosperidade uma imagem de sua própria escolha" (p. 7). Portanto, as obras artísticas, tanto pinturas, como esculturas ou literatura, são interpretações da história através de um ponto de vista.
Com relação aos quadros encomendados por monarcas ou nobres durante tanto tempo, podemos certamente acreditar que os fatos foram distorcidos para engrandecer pessoas poderosas. É por isso que temos que desenvolver um olhar crítico ao analisar qualquer obra de arte, levando em consideração o período em que foi feito, em quais condições, por quem, para quem, suas influências, e, certamente, o contexto histórico.
A partir do século XVIII, com a Revolução Francesa e a Guerra de Independência dos Estados Unidos, o artista deixou de ter uma estreita relação com seus patronos, que patrocinavam suas obras e, portanto, podiam pedir as alterações que quisessem. A partir desse período, a arte ficou mais livre e os artistas podiam representar através de suas obras ideais políticos e sociais, uma arte que reivindicava mudanças na sociedade e denunciava as atrocidades das guerras e conflitos armados.
Neste livro, portanto, os autores Febbraro e Schwetje nos levam a uma jornada pela história da humanidade através de obras de arte. Eu achei a premissa sensacional, não?
O Código de Hammurabi |
A obra que inicia o livro é o famoso Código de Hammurabi, você provavalmente já viram esta figura em livros de história no colégio. Este código de 300 frases foi feito pelo rei da Babilônia Hammurabi, que reinou de 1792 a.C. a 1750 a.C. É incrível pensar em algo que perdurou por tanto tempo, não é mesmo? A placa com estas leis foi encontrada por arqueólogos franceses no século XX e levada ao Museu do Louvre. A placa é inteira contornada pela escrita das leis e no topo há uma representação do rei Hammurabi recebendo a vara e o anel, símbolos do poder, de Shamash, o deus da justiça.
A escrita do código |
O Código de Hammurabi é baseado na Lei do Talião, que diz que o castigo do culpado deve ser igual ao seu ato punido, ou seja, olho por olho, dente por dente, independentemente se a pessoa teve ou não intenção de cometer o ato.
O Rei Hammurabi e o deus Shamash |
Este foi apenas a nossa primeira parada nesta viagem através da História. Espero que vocês tenham gostado e, em outra oportunidade, levo vocês até a segunda parada desta jornada.
Um ótimo sábado a todos e boas leituras!
Fernanda
Fernanda, esse livro deve ser o máximo! Adorei! Estudei História da Arte por algumas semanas em Florença (meu sonho é poder passar três meses lá e fazer o curso completo... rs...) e o professor focava muito nisso, no contexto histórico das obras, sempre as relacionava com o momento em que foram criadas. Mas o curso era focado apenas na arte italiana, então fiquei interessada em adquirir o livro para ter uma visão mais geral.
ResponderExcluirBeijo!
Ju
Entre Palcos e Livros
Olá,
ResponderExcluira viagem deve ter sido maravilhosa, né? Imagino quantas recordações pra vida toda você levou dela...
Não leria o livro pelo simples fato de não fazer muito meu tipo. Mas gostei do post em si. Beijos,
http://www.entreleitores.com/
Olá!
ResponderExcluirImagino a experiência e os prazeres que a viagem lhe trouxe. Gostei bastante da obra Noite Estrelada sobre o Ródano, Van Gogh.
Sobre o livro, me interessei principalmente pelo fato de podermos conhecer um pouco mais a história através da arte, por um outro ponto de vista.
Beijos.
Li
literalizandosonhos.blogspot.com.br
Oi Fernanda, tudo bom?
ResponderExcluirNossa que máximo.. PARIS! *-* ! Esse tipo de história é maravilhoso, gostei muito do teu post!
Beijocas,
Ana - Bookzonthetable.com.br
Oi Fernanda, tudo bem?? Aah, Paris <3 deve ser incrível e a cultura de lá deve ser maravilhosa, todos os museus, catedral e tudo o mais. Achei o livro bastante interessante, adorava história da arte, e acho muito legal quando o livro mistura história e arte e nos faz entender melhor sobre a história do mundo, e de um jeito mais dinâmico.
ResponderExcluirAdorei o post, as fotos e espero ver as outras partes!!
Beijinhos,
Rafaella Lima // Vamos Falar de Livros?
Este livro está disponível em português? achei muito interessante, inclusive queria fazer uma coluna com este tema no meu blog. Muito bom o post. Bom trabalho.
ResponderExcluirhttp://antarktos.blogspot.com.br/
Oi Matheus!
ExcluirInfelizmente o livro não está disponível em português. Há tanta coisa legal por aí, mas a maioria a gente só encontra mesmo no idioma original, que muitas vezes é o inglês. É uma pena, mas uma boa oportunidade para praticar uma nova língua! :)
Menina chique, arrasando nas fotos em Paris. Não sou muito ligada a arte, mas é impossível não ser tocada com tanta beleza. Amo esse quadro do Van Gogh.
ResponderExcluirMe interessei pelo livro justamente porque não entendo nada, então poderia ser um bom guia pra mim. Espero a 2ª parada dessa viagem pelo mundo da arte.
Beijinhos!
Giulia - www.prazermechamolivro.com