terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Retrospectiva Literária - 2016

Boa noite, queridos leitores!

O ano de 2017 já está a todo vapor, mas ainda há tempo de olhar para as leituras de 2016 e montar a nossa retrospectiva literária do ano que já passou! Ao retomar minhas leituras, percebi que li muitos livros obrigatórios para a universidade (que também são prazerosos!), mas poucos livros de minha própria escolha! Por isso, neste ano decidi dar mais espaço aos livros que escolho ao passar por uma livraria ou ao navegar em um site, como dicas de blogs de literatura ou sites de venda de livros. Afinal, não há nada melhor do que sair de uma livraria com um livro novo e ir para casa para lê-lo imediatamente! Normalmente, os livros que compro vão para o final da minha lista de leitura e acabam não sendo lidos por muuuuito tempo! Está na hora de bagunçar essa lista e rever minhas prioridades!

De qualquer maneira, o ano de 2016 trouxe muitas surpresas literárias agradáveis. Trago para vocês, então, os dez livros que mais me encantaram ou chamaram minha atenção no ano passado:


Em décimo lugar, escolhi Ligações Perigosas, do francês Choderlos de Laclos. Publicado em 1782, poucos anos antes da eclosão da Revolução Francesa, este livro composto unicamente por cartas retrata a já em decadência elite francesa do século XVIII, seus luxos, vícios e tramas amorosas. O romance epistolar foi adaptado para a televisão em uma minissérie da Rede Globo que a reconstrói no Brasil da década de 1920 com Selton Mello no papel de Valmont.
Eu simplesmente me encantei com a minissérie, que me levou a ler o livro. Confesso que a leitura pode se tornar um pouco maçante pelo fato de a trama se desenrolar totalmente através de cartas, mas o enredo vale a pena, ainda mais se levarmos em consideração o contexto de produção da obra!

Para quem perdeu a resenha, ela pode ser acessada aqui.



Para a nona colocação, escolhi O Cortiço, de Aluísio Azevedo. De vez em quando gosto de ler literatura brasileira, principalmente do século XIX, para ser transportada ao Brasil de outrora e me imaginar naquele tempo. O Cortiço me proporcionou isso! Publicado em 1890, o romance - inspirado pelo movimento realista na França - nos leva para o Rio de Janeiro de fin-de-siècle e nos apresenta aos diversos personagens que moravam no cortiço em uma zona menos favorecida da cidade. O leitor mergulha de cabeça nas fofocas do cortiço e nas relações dos personagens. Uma experiência de leitura única!

A resenha pode ser acessada aqui.



Confissões de um Pecador Justificado, de James Hogg, é a minha escolha para a oitava colocação. Esta foi uma das leituras obrigatórias para o meu curso "Transformação Góticas". Não conhecia o trabalho de Hogg e me surpreendi com esse romance perturbador. Publicado em 1824, este romance da literatura escocesa é dividido em duas partes. A primeira parte é escrita pelo editor, que reconta a sua versão da história em terceira pessoa, e a segunda parte é escrita pelo próprio pecador em primeira pessoa, que confessa seus crimes odiosos, principalmente contra o seu meio-irmão, e sua relação com um ser maligno. 

Eu ainda não tive tempo de escrever sobre esta obra aqui no blog, mas em breve compartilharei com vocês mais detalhes desta história sombria. Aguardem!


Em sétimo lugar, selecionei uma das grandes surpresas de 2016: O Guia do Mochileiro das Galáxias, de Douglas Adams. Por muito tempo olhei para esta série de livros com desconfiança. Sabia que muitas pessoas são fãs das histórias de Adams, mas tinha a sensação de que não iria gostar da leitura. Por fim, comprei o primeiro volume em uma promoção e o trouxe para a Holanda na minha viagem em setembro para completar uma desafio literário, que era ler um livro de ficção científica. Eis que me juntei ao Clube do Livro da Universidade de Leiden, onde estudo, e o livro escolhido como primeira leitura do clube foi qual? Este mesmo, O Guia do Mochileiro das Galáxias! Sabia que era hora de ler o livro, já havia recebido sinais demais! E me surpreendi muito! Me diverti demais com os personagens e com a absurdidade da narrativa. Estou ansiosa para ler os próximos livros da série!

Ainda não escrevi a resenha deste livro, mas a farei assim que possível! Neste ínterim, não deixem de ler o livro!



Na sexta posição está A Filha da Feiticeira, de Paula Brackston. Eu sou apaixonada por histórias de bruxos, desde Harry Potter à Sabrina, a Aprendiz de Feiticeira. Histórias envoltas por magia me fascinam desde criança, e o livro de Brackston me encantou ainda mais por mesclar duas narrativas: uma em 2007 e a outra em 1628. De uma maneira, as duas narrativas se encontram no final. É uma leitura rápida, prazerosa e mágica!

Para quem quiser reler a resenha, ela pode ser acessada aqui.



Em quinto lugar, escolhi A Lenda do Cavaleiro sem Cabeça, de Washington Irving. Esta não foi a primeira vez em que li a novela de Irving. No início de 2016, ministrei aulas durante o estágio docente na UFSC na disciplina da "Literatura e Cinema" para o curso de Letras, e esta foi uma das leituras escolhidas por mim para discussão em sala, além do filme estrelado por Johnny Depp. Este conto é simplesmente fantástico (nos dois sentidos da palavra!) e me cativou ainda mais durante essa segunda leitura. A história do professor que chega a Sleepy Hollow e enfrenta o mistério do cavaleiro sem cabeça vai te encantar (e arrepiar!) também!

Para a resenha, clique aqui.



Em quarto lugar está Pollyanna, de Eleanor H. Porter. Esta tampouco é a primeira vez que leio Pollyanna. O ano de 2016 teve algumas releituras. Não é algo que faço com frequência, mas é interessante verificar como a sua percepção de certa obra muda (ou não) com o tempo, já que você como pessoa já não é mais a mesma. Pollyanna foi um dos primeiros livros que li e me lembrava de que o romance tinha me marcado bastante, porém recordava muito pouco do enredo. Normalmente, as sensações durante a leitura marcam mais do que a trama em si. Esta segunda leitura refrescou os detalhes em minha mente e me emocionou mais uma vez. São poucos os livros que me fazem chorar, mas Pollyanna foi um desses.

Para acessar a resenha, clique aqui.



Chegando ao pódio literário, em terceiro lugar escolhi Inferno, de Dan Brown. Eu sou fã de Dan Brown e de seus romances sensacionalistas que combinam história, suspense e o desvendar de mensagens secretas. Desde O Código da Vinci tenho me fascinado com a habilidade de Brown de escrever romances tão envolventes. Ao saber que a adaptação cinematográfica de Inferno estava a caminho, resolvi ler o livro, e não me decepcionei com esta nova aventura de Robert Langdon, que está em Florença para desvendar um mistério por trás de A Divida Comédia, de Dante Alighieri, e salvar o mundo de um vírus terrível!

Ainda não tive tempo de escrever sobre esta aventura de Dan Brown aqui no blog, mas pretendo compartilhar mais detalhes das minha impressões por aqui logo, logo!



Em segundo lugar, escolhi a fantástica saga A Guerra dos Tronos. Simplesmente apaixonada pela série da HBO, iniciei neste ano a leitura dos livros de George Martin, que deram origem à série. Em 2016, li os dois primeiros volumes. Mesmo sendo livros grossos, a leitura é tão envolvente que as páginas acabam não sendo suficientes! Ainda bem que ainda tenho mais três livros (por enquanto, até a publicação dos sexto e sétimo volumes!) para me transportar para o universo pseudo-medieval de Westeros!

Para a resenha do primeiro volume da saga, clique aqui.



E, finalmente, o troféu de ouro de 2016 vai para outra grande surpresa: Sociedade dos Meninos Gênios, de Lev AC Rosen. Este foi um livro que havia me chamado a atenção pela capa em uma livraria e pelo fato de a trama se passar na Inglaterra Vitoriana, meu período histórico preferido! Além disso, o livro faz referências textuais a Shakespeare e Oscar Wilde! Violent Adams é uma garota que deve se passar por um menino (olha Shakespeare e Noite de Reis aí!!) para entrar em uma prestigiosa escola de Londres, onde ela prova ser mais inteligente do que a maioria dos garotos.
Esta é uma leitura cativante! Violet é uma ótima personagem, Rosen descreve o seu mundo com perspicácia, além de criticar o papel relegado à mulher na Inglaterra do século XIX.

Ainda não tive tempo para escrever sobre este livro maravilhoso aqui no blog, mas o menciono rapidinho no post referente ao calendário literário do mês de julho de 2016, que pode ser acessado aqui.


Aí estão as minhas leituras preferidas de 2016! Espero que vocês tenham gostado e vamos fazer de 2017 um ano de leituras ainda mais espetacular!

Um ano novo maravilhoso a todos e, é claro, ótimas leituras!

Fernanda

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