sexta-feira, 7 de agosto de 2015

"A Morte e a Morte de Quincas Berro d'Água", Jorge Amado

Boa noite, queridos leitores!

Já faz um tempo que não escrevo para vocês sobre literatura brasileira, então decidi escrever mais uma vez sobre um de meus autores nacionais preferidos: Jorge Amado. Da sua vasta obra, tenho dois preferidos: Dona Flor e seus Dois Maridos (1966), que foi o primeiro romance do autor que eu li e sobre o qual escrevi aqui; e, claro, o delicioso Gabriela, Cravo e Canela (1958). Estes dois livros são retratos da cultura do nosso país e dos costumes e prazeres da Bahia.




Quem está com vontade de se ver subindo o Elevador Lacerda, passeando pelas ladeiras de Salvador e sentindo o aroma daquele acarajé gostoso, não pode deixar de ler Jorge Amado. Através de suas palavras, somos transportados a outro local e outra época. E não há nada melhor do que viajar através da leitura, não?

Salvador nos anos 60

O livro que trago para vocês hoje é A Morte e a Morte de Quincas Berro d'Água, publicado pela primeira vez em junho de 1959 na revista Senhor, revista que também contava com publicações de outros grandes nomes da literatura brasileira, como Clarice Lispector e Guimarães Rosa.

Neste livro somos apresentados a Joaquim Soares da Cunha, um respeitável homem trabalhador de cinquenta anos, pai de família, que resolve mudar seu estilo de vida completamente. Ele abandona sua família e passa a viver de boteco em boteco, onde surge seu apelido: Quincas Berro d'Água

Nada mais comum para um homem que teve duas vidas distintas do que ter duas mortes também, não é? Quando Quincas morre, é aí que surge a confusão: sua família quer enterrá-lo como o homem sério que fora a maior parte de sua vida, como Joaquim Soares da Cunha; mas seus amigos beberrões, ao verem sorrindo no seu leito de morte, imaginam que ele ainda esteja vivo e o levam para uma última noite de festa que acaba com a segunda morte de Quincas.

E aí, como foi que Quincas morreu? Como o próprio Jorge Amado nos escreve, "até hoje permanece certa confusão em torno da morte de Quincas Berro d'Água". Cabe a você, leitor, ler a história para tirar suas próprias conclusões!

Mesmo não sendo um dos trabalhos mais conhecidos de Amado, A Morte e a Morte de Quincas Berro d'Água é um grande clássico de nossa literatura. Em 2010, o diretor Sérgio Machado adaptou a obra de Jorge Amado para o cinema sob o título de Quincas Berro d'Água. O ator Paulo José foi o escolhido para interpretar o lendário Quincas.

Pôster do filme de 2010

Jorge Amado nasceu em Itabuna, na Bahia, em 10 de agosto de 1912, e morreu em Salvador em 6 de agosto de 2001, aos 88 anos. Amado foi membro da Academia Brasileira de Letras e teve suas obras traduzidas para mais de 49 idiomas. Até os dias de hoje, ele é um dos escritores brasileiros mais lidos no mundo e não pode faltar em sua estante!

Jorge Amado

Espero que tenham gostado da sugestão de hoje!

Um forte abraço a todos e, claro, ótimas leituras!

Fernanda

14 comentários:

  1. Oiii!

    Dizer que não conhece o autor é impossivel né?
    Conheço maaas infelizmente não li nada ainda, só assisti algumas adaptações. Conhecia o livro mas como disse ainda não li e então estou com essa duvida. AMO quando existe esse final um pouco mais aberto para nós :D


    Beijinhos,
    www.entrechocolatesemusicas.com

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  2. Oi Fernanda, tudo bem?

    Conheço o autor (quem não conhece né?), mas nunca li nada dele. Tenho um amigo que ama os livros dele e sempre me recomenda. Eu gostei da premissa do livro, depois vou dar uma pesquisada em preços. Valeu pela dica. Parabéns pela resenha.

    Beijos
    Leitora sempre

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  3. Olá Fernanda, tudo bem??
    Claro que conheço o autor rs... aliás na minha época de escola li Dona flor e seus dois maridos e ainda tive que fazer um resumo e uma peça para apresentar na escola... jamais vou me esquecer o quanto foi bom, mas essa minha época de ler clássicos já passou e eu não tenho a pretensão de ler nesse momento atual, mas curto demais quando você fala algo aqui no blog, é o modo que dá para me manter conectada. Xero!!

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  4. oi ^^
    apesar de conhecer o autor, confesso que nunca li nada dele, mas a verdade é que eu não tenho vontade sabe? apesar dos diversos elogios, eu não sinto empolgação para conferir a leitura. quem sabe um dia!
    Seguindo o Coelho Branco

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  5. Oi Fe, sua linda, tudo bem
    Eu adoro passar por aqui, você sempre me surpreende com ótimas postagens e ótimas dicas de leituras, bem diferentes. Do Jorge Amado, eu posso te indicar um livro que me deixou marcas: Capitães de Areia.Para te uma ideia, eu li na escola e teve lista de espera para pegar o livro na biblioteca. Nunca li esse que está indicando, mas achei a história engraçada e o autora ainda desafia o leitor a tirar suas próprias conclusões, é uma delícia ler um texto assim.
    Sua resenha ficou ótima!!!!!
    beijinhos.
    cila.
    http://cantinhoparaleitura.blogspot.com.br/

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  6. Oie, tudo bem?
    Pode me julgar mas eu nunca li nada do Jorginho... Tô ensaiando ler 'Capitães da areia' tem um tempo, mas nunca crio coragem suficiente. Então, depois dessa confissão, acho que ficou meio óbvio que eu não conhecia o livro do qual você falou hoje, não é mesmo? No entanto, achei a temática bem interessante e fiquei curiosa para saber como foi que Quincas morreu. Gosto quando os autores deixam o leitor tomar as decisões xD

    Beijos, boa semana :)
    www.procurei-em-sonhos.com

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  7. Oi Fernanda, já li esse livro, na verdade ele foi meu primeiro contato voluntário com um clássico nacional. Lembro que gostei bastante da história e me senti exatamente como você descreveu no começo, parece que enquanto lemos o autor absorvemos um pouco de tudo o que ele narra. Tbm já vi o filme e ao meu ver se torna outra obra prima.

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  8. Ola Fe ainda não me rendi aos livros de Jorge Amado, somente a suas séries que amo, Dona Flor, Tieta do Agreste adoro. Preciso ler mais clássicos sem sombra de dúvida. Gostei muito da postagem, é sempre um incentivo lermos clássicos nacionais . beijos

    Joyce
    www.livrosencantos.com

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  9. Hey Fer, tudo bem?

    Seu blog deve estar bombando com os alunos que vão fazer ENEM, pois você traz os clássicos de uma forma diferente, sem ser aquele resumo sem graça que achamos na internet que sempre é mais do mesmo. Infelizmente ainda não tive a oportunidade de ler essa obra, mas já li do autor Dona Flor e, apesar de não ter gostado muito do enredo (tenho uma certa birra com clássicos) adorei a escrita e forma como ele apresenta ao leitor seu mundo.

    Abraços,
    Matheus Braga
    Vida de Leitor - http://vidadeleitor.blogspot.com.br/

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  10. O primeiro livro do autor que li foi Gabriela, Cravo e Canela e não gostei nem um pouquinho... Achei Quincas algo bem diferente, e fiquei até com vontade de ler, mas ainda não consegui superar o receio por causa de Gabriela. Quem sabe mais pra frente.

    Beijo!

    Ju
    Entre Palcos e Livros

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  11. Oi Fernanda, ainda não li nada do autor, mas achei bem interessante essas duas mortes do personagem. Quero ler para tirar minhas próprias conclusões. Adorei a dica.

    Bjs, Glaucia.
    www.maisquelivros.com

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  12. Que coisa mais doida! rsrsrs
    Lembro que li Capitães da Areia quando pré-adolescente e não curti muito, achei muito pesado. Talvez eu não tivesse com maturidade suficiente pra leitura, mas lembro que não foi uma boa experiência. Esse parece ser um pouco mais cômico, até achei mais interessante, mas nada que eu queira ler correndo.
    Beijinhos!
    Giulia - www.prazermechamolivro.com

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  13. Oi Fer,

    Jorge Amado e toda sua obra é simplesmente apaixonante. Vou me inspirar em você e reler alguns clássicos nacionais para sempre viajar através da leitura e sentir os cheiros dos cantos do Brasil, como sou baiana morando em São Paulo desde menina, sentir os cheiros da Bahia e imaginar o sotaque nos diálogos.

    Beijos
    Tânia Bueno
    www.facesdaleitura.com.br

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  14. Oie, Fernanda!
    Eu já conhecia o livro, claro, apesar de não ter lido. O título sempre me intrigou: especialmente quando era criança, eu morria de rir só de ouvir Quincas aberto d'Água quando minha mãe falava. Você me fez lembrar que a obra existe e acho que vou ler! Amei a resenha.
    Com carinho,
    Celly.

    Me Livrando — Livre-se você também!

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